Que pena, que pena que meu rio grande agora
Não é o mesmo de outrora como meu pai me ensinou
Cantar as glórias passadas é tudo que me restou
Meu pai me contou que um dia o pampa foi um cortento
Que promovia os sustento de quase todo o país
Defendia com fervor as coisas que acreditava
De vez em quando peleava, mas era um povo feliz
Antigamente a cordeona era o clarim do campeiro
O cavalo companheiro os campos a sua morada
O céu se vestiu de luto vendo morrer essa estampa
Quem era dono do pampa, já não é dono de nada
Às vezes meu velho chora lembrando os bois de canga
Das matas onde a pitanga coloria a natureza
Dos rios fervilhando a peixe, carreiras de campo a fora
Por isso meu velho chora de saudade e de tristeza